- Nossa, como você está azeda hoje.
- Azeda está a xota da tua mãe.
30/07/2003
DAVID BOWIE - 'ALL THE YOUNG DUDES'
Autores de livros idiotas existem às pencas. Aliás, idiotas existem às pencas, mas quero ser mais específico.
Sempre que passo numa livraria, aqueles livros de auto-ajuda estão nos lugares de destaque. Um é aquele (não, eu não lembro como chama) que fala sobre pessoas que se deram bem na vida e repartem seus sábios conselhos com a juventude.
Uma grande bobagem, claro. Mas num ponto os autores idiotas têm razão: muitas vezes, os mais velhos poderiam repartir sua sabedoria, para evitar erros bobos daqueles que estão adentrando a vida adulta.
Por isso, achei que poderia ser útil uma pequena lista com as dez maiores mentiras que nos contam ao longo de nossas vidas, e que muitas vezes achamos que é verdade.
Mentira, eu não achei que poderia ser útil. Só deu vontade de escrever.
1) 'Passaremos na sua casa entre as 14h e as 18h'
Na verdade, eles (o encanador, o sujeito da TV a cabo, o entregador das Casas Bahia...) chegarão às 12h30. Ou às 19h. Ou não chegarão nunca, e dirão que estiveram na sua casa mas não tinha ninguém para atender a porta.
2) 'Estaremos retornando a sua ligação em breve'
Ninguém que promete no gerúndio está muito disposto a manter a palavra.
3) 'Esqueci completamente!'
Redundante, já que não dá para 'esquecer parcialmente'. Ou se esquece, ou se lembra. Só usa o 'completamente' quem está mentindo, mas acha que, se enfatizar o óbvio, conseguirá enganar o interlocutor.
'- Passou na farmácia e comprou os absorventes, como eu te pedi hoje de manhã?'
'- Putz, esqueci completamente!'
4) 'Não se preocupa, que isso passa'
Não, não passa. Infecciona, gangrena e cai. Mas não passa.
5) 'Críticas são muito bem-vindas. É importante mantermos um diálogo aberto'
Acreditar nessa é o caminho mais curto para o desemprego/divórcio. Tome cuidado.
6) 'Vamos lá. Só pra tomar uma cerveja.'
Nunca é 'só um cerveja'.
7) 'Ah, ela é bonitinha.'
'Bonitinha' é um sinônimo para 'feia, mas bem arrumada'.
8) 'É tamanho único, fica bem em todo mundo.'
Olha para a gorda que está do seu lado e pense se é possível que ela use o mesmo tamanho que você.
Ah, sempre tem uma gorda. Procure.
9) 'Isso já estava assim quando eu cheguei.'
Desculpa clássica, que todos os pobres coitados que temos que trabalhar para viver conhecem.
10) 'Adorei seu blog!'
Ou: você pode ser um nada, mas teu blog tem muitas visitas, por isso vou deixar um comentário qualquer aqui para ver se algum desafortunado clica nesse link sem querer e gera mais visitas pra minha página.
Claro que existem pessoas que podem realmente gostar do teu blog. Mas elogios com pontos de exclamação são sempre falsos.
Autores de livros idiotas existem às pencas. Aliás, idiotas existem às pencas, mas quero ser mais específico.
Sempre que passo numa livraria, aqueles livros de auto-ajuda estão nos lugares de destaque. Um é aquele (não, eu não lembro como chama) que fala sobre pessoas que se deram bem na vida e repartem seus sábios conselhos com a juventude.
Uma grande bobagem, claro. Mas num ponto os autores idiotas têm razão: muitas vezes, os mais velhos poderiam repartir sua sabedoria, para evitar erros bobos daqueles que estão adentrando a vida adulta.
Por isso, achei que poderia ser útil uma pequena lista com as dez maiores mentiras que nos contam ao longo de nossas vidas, e que muitas vezes achamos que é verdade.
Mentira, eu não achei que poderia ser útil. Só deu vontade de escrever.
1) 'Passaremos na sua casa entre as 14h e as 18h'
Na verdade, eles (o encanador, o sujeito da TV a cabo, o entregador das Casas Bahia...) chegarão às 12h30. Ou às 19h. Ou não chegarão nunca, e dirão que estiveram na sua casa mas não tinha ninguém para atender a porta.
2) 'Estaremos retornando a sua ligação em breve'
Ninguém que promete no gerúndio está muito disposto a manter a palavra.
3) 'Esqueci completamente!'
Redundante, já que não dá para 'esquecer parcialmente'. Ou se esquece, ou se lembra. Só usa o 'completamente' quem está mentindo, mas acha que, se enfatizar o óbvio, conseguirá enganar o interlocutor.
'- Passou na farmácia e comprou os absorventes, como eu te pedi hoje de manhã?'
'- Putz, esqueci completamente!'
4) 'Não se preocupa, que isso passa'
Não, não passa. Infecciona, gangrena e cai. Mas não passa.
5) 'Críticas são muito bem-vindas. É importante mantermos um diálogo aberto'
Acreditar nessa é o caminho mais curto para o desemprego/divórcio. Tome cuidado.
6) 'Vamos lá. Só pra tomar uma cerveja.'
Nunca é 'só um cerveja'.
7) 'Ah, ela é bonitinha.'
'Bonitinha' é um sinônimo para 'feia, mas bem arrumada'.
8) 'É tamanho único, fica bem em todo mundo.'
Olha para a gorda que está do seu lado e pense se é possível que ela use o mesmo tamanho que você.
Ah, sempre tem uma gorda. Procure.
9) 'Isso já estava assim quando eu cheguei.'
Desculpa clássica, que todos os pobres coitados que temos que trabalhar para viver conhecem.
10) 'Adorei seu blog!'
Ou: você pode ser um nada, mas teu blog tem muitas visitas, por isso vou deixar um comentário qualquer aqui para ver se algum desafortunado clica nesse link sem querer e gera mais visitas pra minha página.
Claro que existem pessoas que podem realmente gostar do teu blog. Mas elogios com pontos de exclamação são sempre falsos.
28/07/2003
BJORK - 'HUMAN BEHAVIOUR'
Série: Volta, Bill Waterson!
Série: Volta, Bill Waterson!
27/07/2003
PIZZICATO FIVE - 'MAGIC CARPET RIDE'
Eu não suporto aquelas pessoas que olham pra você cheias de razão e soltam um 'Eu não falei?'
Mas olha só essa notícia da Folha Online:
Fabricante japonesa de brinquedos prepara tradutor de miados
da Folha Online
Procupada com os gatinhos de estimação incompreendidos por seus donos, depois do tradutor de latidos, a fabricante japonesa de brinquedos Takara prepara um identificador de miados.
A Takara espera para o Meowlingual o mesmo sucesso obtido com o tradutor de latidos. O Meowlingual é um aparelho que cabe na palma da mão e que tem uma tela em que são exibidas as "frases" --em japonês-- ditas pelos bichanos. A empresa deve começar a vender o produto em novembro, por cerca de US$ 74, e planeja vender 300 mil dispositivos até o final de março de 2004.
A Takara vendeu cerca de 300 mil Bowlingual, o aparelho que traduz latidos, no Japão, desde o ano passado, e planeja lançar em agosto uma versão em inglês do produto para o mercado norte-americano, por cerca de US$ 120.
Eu não suporto aquelas pessoas que olham pra você cheias de razão e soltam um 'Eu não falei?'
Mas olha só essa notícia da Folha Online:
Fabricante japonesa de brinquedos prepara tradutor de miados
da Folha Online
Procupada com os gatinhos de estimação incompreendidos por seus donos, depois do tradutor de latidos, a fabricante japonesa de brinquedos Takara prepara um identificador de miados.
A Takara espera para o Meowlingual o mesmo sucesso obtido com o tradutor de latidos. O Meowlingual é um aparelho que cabe na palma da mão e que tem uma tela em que são exibidas as "frases" --em japonês-- ditas pelos bichanos. A empresa deve começar a vender o produto em novembro, por cerca de US$ 74, e planeja vender 300 mil dispositivos até o final de março de 2004.
A Takara vendeu cerca de 300 mil Bowlingual, o aparelho que traduz latidos, no Japão, desde o ano passado, e planeja lançar em agosto uma versão em inglês do produto para o mercado norte-americano, por cerca de US$ 120.
JORGE BEN - 'TAJ MAHAL'
PINK FLOYD - 'TIME'
Se você colocar o disco 'Dark side of the moon' para tocar logo após o terceiro rugido do leão da Metro em 'O mágico de Oz', vai perceber que música e filme seguem em perfeita sincronia.
Se você colocar o disco 'Dark side of the moon' para tocar logo após o terceiro rugido do leão da Metro em 'O mágico de Oz', vai perceber que música e filme seguem em perfeita sincronia.
26/07/2003
JIMI HENDRIX - 'ARE YOU EXPERIENCED?'
Série: Laerte é deus, mas Angeli é do caralho
Série: Laerte é deus, mas Angeli é do caralho
REGINALDO ROSSI - 'GARÇOM'
Eu tenho muitos defeitos, e um deles é gostar de comédias românticas. "Matrix", "Senhor dos Anéis" e afins não me atraem em nada. Mas, por algum motivo, é só passar "Harry e Sally" ou qualquer outro filme com a Meg Ryan, e pronto.
Ontem eu estava em casa assistindo à TV e parei por dois minutos no filme "Notting Hill". Aquele, em que a Julia Roberts intrepreta uma atriz famosa e o Hugh Grant é um zé mané qualquer que se apaixona por ela. Eu nunca vi esse filme por inteiro, mas, dada a sua complexidade, é possível entender a história inteira vendo apenas algumas cenas. Em uma delas, Hugh Grant diz ter levado meses se recuperando do fora que levou da Julia Roberts e tenta convencer a todos que já havia superado tudo isso. Nesse momento, se dá um diálogo mais ou menos assim, entre ele e um amigo:
- Estou te falando. Eu sei que não tenho sido uma boa companhia ultimamente, mas tudo aquilo já passou. Estou 100% recuperado.
- Mesmo?
- Mesmo.
- E se eu te dissesse que uma certa atriz voltou à cidade ontem para rodar seu novo filme?
- Shit.
Trata-se apenas de um exemplo bobo para ilustrar o óbvio: não temos tanto controle sobre a nossa cabeça quanto gostaríamos. Queremos esquecer algo ou alguém, e não conseguimos. Queremos lembrar, e fracassamos também.
Tempos atrás reencontrei um antigo colega de trabalho. Trabalhamos na mesma empresa por quase um ano, e, por acaso, nos cruzamos num cinema dois anos depois de eu ter deixado aquele emprego. Foi aquela situação embaraçosa de sempre:
- Ei, não tá se lembrando de mim?
- Hum... Não. Desculpe.
Por outro lado, eu me lembro, até hoje, de um amigo que eu tinha na quinta série e com quem eu assisti o primeiro episódio dos Simpsons que passou na Globo. E olha que eu não o vejo desde a quinta série.
Outro exemplo: todo dia eu penso que já a esqueci. Mas, também todo dia, algum pequeno detalhe aparece para me fazer pensar nela e ter saudade. Hoje foi a camiseta que eu comprei quando estava com ela nas nossas últimas férias juntos. Ontem foi... bom, ontem foi o Hugh Grant e a Julia Roberts.
Mal posso esperar pelo dia de amanhã.
Eu tenho muitos defeitos, e um deles é gostar de comédias românticas. "Matrix", "Senhor dos Anéis" e afins não me atraem em nada. Mas, por algum motivo, é só passar "Harry e Sally" ou qualquer outro filme com a Meg Ryan, e pronto.
Ontem eu estava em casa assistindo à TV e parei por dois minutos no filme "Notting Hill". Aquele, em que a Julia Roberts intrepreta uma atriz famosa e o Hugh Grant é um zé mané qualquer que se apaixona por ela. Eu nunca vi esse filme por inteiro, mas, dada a sua complexidade, é possível entender a história inteira vendo apenas algumas cenas. Em uma delas, Hugh Grant diz ter levado meses se recuperando do fora que levou da Julia Roberts e tenta convencer a todos que já havia superado tudo isso. Nesse momento, se dá um diálogo mais ou menos assim, entre ele e um amigo:
- Estou te falando. Eu sei que não tenho sido uma boa companhia ultimamente, mas tudo aquilo já passou. Estou 100% recuperado.
- Mesmo?
- Mesmo.
- E se eu te dissesse que uma certa atriz voltou à cidade ontem para rodar seu novo filme?
- Shit.
Trata-se apenas de um exemplo bobo para ilustrar o óbvio: não temos tanto controle sobre a nossa cabeça quanto gostaríamos. Queremos esquecer algo ou alguém, e não conseguimos. Queremos lembrar, e fracassamos também.
Tempos atrás reencontrei um antigo colega de trabalho. Trabalhamos na mesma empresa por quase um ano, e, por acaso, nos cruzamos num cinema dois anos depois de eu ter deixado aquele emprego. Foi aquela situação embaraçosa de sempre:
- Ei, não tá se lembrando de mim?
- Hum... Não. Desculpe.
Por outro lado, eu me lembro, até hoje, de um amigo que eu tinha na quinta série e com quem eu assisti o primeiro episódio dos Simpsons que passou na Globo. E olha que eu não o vejo desde a quinta série.
Outro exemplo: todo dia eu penso que já a esqueci. Mas, também todo dia, algum pequeno detalhe aparece para me fazer pensar nela e ter saudade. Hoje foi a camiseta que eu comprei quando estava com ela nas nossas últimas férias juntos. Ontem foi... bom, ontem foi o Hugh Grant e a Julia Roberts.
Mal posso esperar pelo dia de amanhã.
25/07/2003
CHICO BUARQUE - 'APESAR DE VOCÊ'
Sempre que você sentir vontade de fazer uma crítica construtiva ao seu chefe, siga esses três simples passos:
1) Pegue a régua maior e mais pesada que estiver ao seu alcance;
2) Acerte a régua, com toda a sua força, na sua cabeça;
3) Se a vontade não tiver passado, volte ao passo 1.
Sempre que você sentir vontade de fazer uma crítica construtiva ao seu chefe, siga esses três simples passos:
1) Pegue a régua maior e mais pesada que estiver ao seu alcance;
2) Acerte a régua, com toda a sua força, na sua cabeça;
3) Se a vontade não tiver passado, volte ao passo 1.
23/07/2003
METALLICA - 'SEEK AND DESTROY'
Galeria: pessoas que deveriam passar o resto da vida trancadas num quarto escuro ouvindo o disco dos Tribalistas
Galeria: pessoas que deveriam passar o resto da vida trancadas num quarto escuro ouvindo o disco dos Tribalistas
BEATLES - 'HELTER SKELTER'
A maioria das pessoas conhece Charles Manson apenas como um assassino psicótico, esquecendo suas fortes ligações com a indústria do entretenimento.
Cantor e compositor, Manson era amigo do Dennis Wilson, dos Beach Boys. A banda chegou até a gravar uma música escrita por Manson, 'Never learn not to love'. O Guns n' Roses também regravou uma de suas canções, 'Look at your game, girl'.
Mas isso tudo é fichinha, perto dos motivos alegados por Manson e sua 'família' para matar a atriz Sharon Tate e várias outras pessoas que se encontravam em sua casa. Segundo ele, os assassinatos foram inspirados nos Beatles, a quem ele chamava de 'quatro cavaleiros do apocalipse'. O 'Álbum Branco', lançado pela banda em 1968, era o chamado para a revolução. As referências feitas por Manson aos Bealtes são inúmeras, sendo que, em geral, a 'culpa' pelos assassinatos recaem, principalmente, sobre quatro músicas: 'Helter Skelter', 'Piggies', 'Revolution' e 'Blackbird'.
'Helter Skelter': Em inglês, é uma expressão para designar uma espécie de escorregador. Para Manson, era o chamado para uma guerra inter-racial, onde os negros iriam invadir as casas dos brancos, matá-los e se transformar na classe hegemônica, dominando o mundo. Essa conclusão foi tirada a partir de versos como 'When I get to the bottom I go back to the top of the slide/ Where I stop and I turn and I go for a ride/ Till I get to the bottom and I see you again'. Claro que Manson e sua família, um bando de branquelas, seriam poupados do massacre. As palavras 'Helter Skelter' foram escritas na parede da casa onde ocorreram os assassinatos, aparentemente com o sangue das vítimas.
'Piggies': 'Have you seen the little piggies/ Crawling in the dirt/ And for all those little piggies/ Life is getting worse/ Always having dirt to play around in /.../ In their styes with all their backing/ They don't care what goes on around/ In their eyes there's something lacking/ What they need's a damn good whacking'. Aqui, os 'porcos' seriam a elite dominante, e a música estaria dizendo que essas pessoas estão merecendo um 'damn good whacking'. 'Death to piggies' era outra pixação encontrada na parede da casa.
'Revolution': Em 'Revolution', os Beatles estariam cantando o chamado para a revolução, e Manson estaria atendendo a esse chamado. Além de 'Revolution', o 'Álbum Branco' traz ainda 'Revolution # 9', uma colagem de vários sons e frases disconexas. Para Manson, essa era uma referência à Bíblia e ao apocalipse ('O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caíra sobre a terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo [Revelação 9:1])'. O psicopata achava que era o quinto anjo.
'Blackbird': 'Blackbird singing in the dead of night/ Take these broken wings and learn to fly/ All your life/ You were only waiting for this moment to arise'. Aqui, os Beatles estariam conclamando os negros a se unir para lutar contra a elite branca. A palavra 'rise (levante)' era muito usada por Manson, e também foi pixada na parede da casa dos assassinatos.
Muitos e muitos detalhes sobre os crimes de Charles Manson aqui
A maioria das pessoas conhece Charles Manson apenas como um assassino psicótico, esquecendo suas fortes ligações com a indústria do entretenimento.
Cantor e compositor, Manson era amigo do Dennis Wilson, dos Beach Boys. A banda chegou até a gravar uma música escrita por Manson, 'Never learn not to love'. O Guns n' Roses também regravou uma de suas canções, 'Look at your game, girl'.
Mas isso tudo é fichinha, perto dos motivos alegados por Manson e sua 'família' para matar a atriz Sharon Tate e várias outras pessoas que se encontravam em sua casa. Segundo ele, os assassinatos foram inspirados nos Beatles, a quem ele chamava de 'quatro cavaleiros do apocalipse'. O 'Álbum Branco', lançado pela banda em 1968, era o chamado para a revolução. As referências feitas por Manson aos Bealtes são inúmeras, sendo que, em geral, a 'culpa' pelos assassinatos recaem, principalmente, sobre quatro músicas: 'Helter Skelter', 'Piggies', 'Revolution' e 'Blackbird'.
'Helter Skelter': Em inglês, é uma expressão para designar uma espécie de escorregador. Para Manson, era o chamado para uma guerra inter-racial, onde os negros iriam invadir as casas dos brancos, matá-los e se transformar na classe hegemônica, dominando o mundo. Essa conclusão foi tirada a partir de versos como 'When I get to the bottom I go back to the top of the slide/ Where I stop and I turn and I go for a ride/ Till I get to the bottom and I see you again'. Claro que Manson e sua família, um bando de branquelas, seriam poupados do massacre. As palavras 'Helter Skelter' foram escritas na parede da casa onde ocorreram os assassinatos, aparentemente com o sangue das vítimas.
'Piggies': 'Have you seen the little piggies/ Crawling in the dirt/ And for all those little piggies/ Life is getting worse/ Always having dirt to play around in /.../ In their styes with all their backing/ They don't care what goes on around/ In their eyes there's something lacking/ What they need's a damn good whacking'. Aqui, os 'porcos' seriam a elite dominante, e a música estaria dizendo que essas pessoas estão merecendo um 'damn good whacking'. 'Death to piggies' era outra pixação encontrada na parede da casa.
'Revolution': Em 'Revolution', os Beatles estariam cantando o chamado para a revolução, e Manson estaria atendendo a esse chamado. Além de 'Revolution', o 'Álbum Branco' traz ainda 'Revolution # 9', uma colagem de vários sons e frases disconexas. Para Manson, essa era uma referência à Bíblia e ao apocalipse ('O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caíra sobre a terra; e foi-lhe dada a chave do poço do abismo [Revelação 9:1])'. O psicopata achava que era o quinto anjo.
'Blackbird': 'Blackbird singing in the dead of night/ Take these broken wings and learn to fly/ All your life/ You were only waiting for this moment to arise'. Aqui, os Beatles estariam conclamando os negros a se unir para lutar contra a elite branca. A palavra 'rise (levante)' era muito usada por Manson, e também foi pixada na parede da casa dos assassinatos.
Muitos e muitos detalhes sobre os crimes de Charles Manson aqui
21/07/2003
PIZZICATO FIVE - 'MAGIC CARPET RIDE'
Se o Japão tivesse um slogan, seria assim:
'Um país a serviço dos jacus'
Os caras são muito inteligentes, têm a tecnologia mais avançada, etc, etc. Mas preferem investir todo esse conhecimento em traquitanas absolutamente descartáveis.
É por isso que a Sony faz rádios e câmeras, em vez de construir máquinas do tempo.
Se o Japão tivesse um slogan, seria assim:
Os caras são muito inteligentes, têm a tecnologia mais avançada, etc, etc. Mas preferem investir todo esse conhecimento em traquitanas absolutamente descartáveis.
É por isso que a Sony faz rádios e câmeras, em vez de construir máquinas do tempo.
THOMAS DOLBY - 'SHE BLINDED ME WITH SCIENCE'
Estão quase descobrindo a cura para o câncer.
Embora tudo ainda esteja meio confuso, já se sabe que o caminho a ser seguido é algo entre tocar uma bronha e comer uma pizza.
Imagina quando encontrarem a cura da AIDS.
Estão quase descobrindo a cura para o câncer.
Embora tudo ainda esteja meio confuso, já se sabe que o caminho a ser seguido é algo entre tocar uma bronha e comer uma pizza.
Imagina quando encontrarem a cura da AIDS.
20/07/2003
BOOKER T. & THE MG'S - 'GREEN ONIONS'
Série: Laerte is God
Série: Laerte is God
18/07/2003
FRANK SINATRA - 'LOVE AND MARRIAGE'
- Amor, no que você está pensando?
- Querida, se fosse pra você saber, eu não estaria pensando, estaria falando.
- Amor, no que você está pensando?
- Querida, se fosse pra você saber, eu não estaria pensando, estaria falando.
BOBBY DI CARLO - 'TIJOLINHO'
O golpe o atingiu de maneira cruel. Não fora surpreendido. No lado esquerdo do tórax, entre a quarta e a quinta costelas, a lâmina pouco afiada rasgou a carne com dificuldade, rompendo camadas de gordura e vasos sanguíneos periféricos até chegar ao coração. A faca atravessou o ventriculo esquerdo, produzindo um orifício pelo qual tudo fugia. A mancha vermelha se espalhou pela camisa branca. O músculo não tinha mais forças para fazer o sangue circular pelo resto do corpo. O oxigênio não chegava mais ao cérebro. As extremidades paravam de se movimentar. A pele perdia a cor.
Ainda com as mãos sujas, ela se afastava. Não queria ter feito isso, não queria ter feito isso, não queria ter feito isso. Sentia o tipo de remorso que não é suficiente para curar o ferimento aberto e pulsante. Sentia, ao mesmo tempo, o alívio de ter feito a única coisa que poderia garantir e proteger sua felicidade.
O golpe o atingiu de maneira cruel. Não fora surpreendido. No lado esquerdo do tórax, entre a quarta e a quinta costelas, a lâmina pouco afiada rasgou a carne com dificuldade, rompendo camadas de gordura e vasos sanguíneos periféricos até chegar ao coração. A faca atravessou o ventriculo esquerdo, produzindo um orifício pelo qual tudo fugia. A mancha vermelha se espalhou pela camisa branca. O músculo não tinha mais forças para fazer o sangue circular pelo resto do corpo. O oxigênio não chegava mais ao cérebro. As extremidades paravam de se movimentar. A pele perdia a cor.
Ainda com as mãos sujas, ela se afastava. Não queria ter feito isso, não queria ter feito isso, não queria ter feito isso. Sentia o tipo de remorso que não é suficiente para curar o ferimento aberto e pulsante. Sentia, ao mesmo tempo, o alívio de ter feito a única coisa que poderia garantir e proteger sua felicidade.
16/07/2003
BOOMTOWN RATS - 'I DON'T LIKE MONDAYS'
29 de janeiro de 1979. Brenda Spencer, 16 anos, é acordada pelo despertador. O dia está calmo, e o único som que se ouve na rua é o das crianças se encaminhando para a escola primária que ficava em frente à sua casa.
Determinada a acabar com o marasmo que ameaçava invadir sua vida, Brenda decide agir: pega um rifle semi-automático calibre 22 e dispara aproximadamente 40 projéteis contra a escolinha. Duas pessoas morrem e outras nove ficam feridas. Pouco tempo depois, a polícia chega. Uma viatura é estacionada entre a casa de Brenda e a escola, e têm início as negociações que iriam durar aproximadamente seis horas.
Uma pequena multidão se aglomera ao longo do cordão de isolamento armado pelos policiais. O telefone começa a tocar initerruptamente na casa de Brenda. Ela resolve atender uma das ligações. Um repórter a indaga sobre os motivos que a levaram a cometer tal ato:
- Eu não gosto de segundas-feiras. Isso animou meu dia.
Brenda confessaria o crime e seria condenada a 25 anos de prisão. Anos mais tarde, alegou que estava sob o efeito de drogas e álcool quando fez os disparos. Os narcóticos, diz ela, provocaram alucinações, fazendo-a acreditar que sua casa estava cercada por guerrilheiros. Os tiros dados com o rifle que ganhara do pai seriam apenas uma defesa contra esses paramilitares imaginários.
Inspirada no evento, a música 'I don't like mondays' fez sucesso com a banda irlandesa Boomtown Rats. O líder da banda era o cantor Bob Geldof. Em 13 de julho de 1985, Geldof organizou o Live Aid, em benefício das pessoas que passavam (e ainda passam) fome na África.
Graças ao Live Aid, o dia 13 de julho é considerado o dia mundial do rock.
29 de janeiro de 1979. Brenda Spencer, 16 anos, é acordada pelo despertador. O dia está calmo, e o único som que se ouve na rua é o das crianças se encaminhando para a escola primária que ficava em frente à sua casa.
Determinada a acabar com o marasmo que ameaçava invadir sua vida, Brenda decide agir: pega um rifle semi-automático calibre 22 e dispara aproximadamente 40 projéteis contra a escolinha. Duas pessoas morrem e outras nove ficam feridas. Pouco tempo depois, a polícia chega. Uma viatura é estacionada entre a casa de Brenda e a escola, e têm início as negociações que iriam durar aproximadamente seis horas.
Uma pequena multidão se aglomera ao longo do cordão de isolamento armado pelos policiais. O telefone começa a tocar initerruptamente na casa de Brenda. Ela resolve atender uma das ligações. Um repórter a indaga sobre os motivos que a levaram a cometer tal ato:
- Eu não gosto de segundas-feiras. Isso animou meu dia.
Brenda confessaria o crime e seria condenada a 25 anos de prisão. Anos mais tarde, alegou que estava sob o efeito de drogas e álcool quando fez os disparos. Os narcóticos, diz ela, provocaram alucinações, fazendo-a acreditar que sua casa estava cercada por guerrilheiros. Os tiros dados com o rifle que ganhara do pai seriam apenas uma defesa contra esses paramilitares imaginários.
Inspirada no evento, a música 'I don't like mondays' fez sucesso com a banda irlandesa Boomtown Rats. O líder da banda era o cantor Bob Geldof. Em 13 de julho de 1985, Geldof organizou o Live Aid, em benefício das pessoas que passavam (e ainda passam) fome na África.
Graças ao Live Aid, o dia 13 de julho é considerado o dia mundial do rock.
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